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sexta-feira, 6 de junho de 2008

Política Econômica Internacional I


Cada país tem sua forma de fazer dinheiro

Na contramão do neoliberalismo introduzido no terceiro mundo pela Tríade há muitos anos, a Venezuela (Hugo Chavez) nacionaliza o que pode de indústrias multinacionais, inclusive nossa empresa petrolífera (Petrobrás) e seus lucros. Aqui, o que era estatal foi internacionalizado, menos os passivos (dívidas das empresas desestatizadas). Agora, a Venezuela dita as normas de como será de tal ponto em diante. Certo ou errado, o governo venezuelano procura com isso melhorar o desempenho da economia. Daqui a pouco, dirá que as empresas nacionalizadas precisam e deve usar a mão de obra venezuelana. Assim, o governo estará minimizando o desemprego e a fome. Na mesma direção, A Bolívia (Evo Morales) nacionaliza o gás.

No Brasil, o estadista Lula faz um belo trabalho no estrangeiro elevando o país à categoria de “passível de investimentos” e defendendo nosso biocombustível. Investimentos externos, claro, pela via dos dólares que compram ações brasileiras na Bovespa, principal bolsa de investimentos do país.

Já o “making money” americano anda caindo pelas tabelas. Uma tal de “slowdown economy” (desaceleração da economia) andou se instalando por lá e parece que gostou da moradia tanto quanto os sem-terra gostam das fazendas alheias aqui no Brasil. Os EUA andam agora a uma taxa de 5,5% de inflação ao ano e acham isso um absurdo. A taxa de desemprego está emparelhada a esse índice.

Os EUA estão, finalmente, aprendendo na própria pele o que é a formação do famoso jargão economês “exército de reserva” (quantidade considerável de massa de trabalhadores desempregados). Exército esse que eles ajudaram a formar de forma implacável no mundo todo com a política neoliberal, braço direito do capitalismo desenfreado, quando passaram a fazer parte da Tríade. Bem se vê que nunca viram uma taxa de 80% ao mês, como já aconteceu por essas bandas de cá.

O país da maquiagem numérica, Brasil, que tenta fazer parecer que a inflação é bem menor nos números do que é no bolso, consegue sobreviver a isso. Aqui está sendo dito que ela, a inflação, está nesse mesmo patamar ao ano: 4,5%. Nossas mesas sabem que não é bem assim. Classes socioeconômicas C e D não comem mais a mesma quantidade com a mesma qualidade. A classe E já não come tem tempo.

Porém, eles, os norte-americanos, estão entrando em pânico. Aliás, a elite norte-americana está entrando em pânico. Quem disse que eles também não têm miséria por lá? Após a perda sucessiva de guerras, a partir do Vietnam, começam a ver que guerrear para destruir, para depois oferecer financiamentos e mão de obra para a reconstrução, realimentando a economia, já não dá mais certo. O povo norte-americano está cansado de perder seus familiares em nome de um patriotismo (inculcado culturalmente em suas mentes) que não lhes interessa mais.

Talvez venha daí, o sucesso de Barack Obama, pré-candidato ao governo dos EUA. Seu discurso tem a promessa de que o diálogo – e não a guerra – é a saída para conflitos internacionais. Os eleitores tricolores estão votando com voto de protesto, sabendo que Hillary Clinton é a continuidade do que está agora no poder: continuação da belicosidade. Porém, quais são os conflitos internacionais além dos pseudo-religiosos? E onde os EUA se encaixam nesses conflitos?

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