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segunda-feira, 25 de abril de 2011

CEI COMEÇA A DESVENDAR MISTÉRIO DOS AUMENTOS DE COMBUSTÍVEIS EM GOIÂNIA

Na terceira reunião da CEI dos combustíveis, veio à tona o fato de haver uma corretora comprando e estocando milhões de litros de álcool. Segundo a CEI, Goiânia tem praticado preços muito altos de combustíveis.
Composição da mesa da CEI dos Combustíveis
Foto: Marcelo do Vale
Na terceira reunião da Comissão Especial de Inquérito – CEI – da Câmara Municipal de Goiânia, foram ouvidos os representantes dos postos Extra e Z+Z. Faltaram os representantes dos postos Petrolins, Autoposto Ratinho e Bretas. Este último justificou a ausência e requereu comparecer no próximo dia 28. Nesta reunião, presidida pelo vereador Djalma Araújo (PT), ficou acertado que aqueles convocados que não compareceram, bem como os próximos que não atenderem às convocações da CEI, serão intimidados por via judicial.
Os próximos convocados deverão ser proprietários, quando se tratar de posto com sede em Goiânia, ou representantes devidamente documentados pelas empresas que estiverem representando, se estas tiverem suas sedes fora do Estado de Goiás. Por não estar documentado, o representante do posto Caiapó não foi ouvido.
O representante do Extra, Frankis Castro, declarou comprar combustível apenas da Distribuidora Petrobrás, não ter conhecimento de cartel e também não conhecer a direção do Sindicato dos Postos de Combustíveis – Sindiposto –, bem como não depender do mesmo para nenhum tipo de orientação. Afirmou que o preço praticado pelo posto que representa é formado pelo custo operacional e por pesquisa de mercado. Ele disse ficar sabendo do aumento quando o combustível chega ao posto. Acrescentou que não pratica aumentos de imediato e, por isso, pode fazer promoção no sábado (23), praticando o preço de R$ 2,84 por litro de gasolina, enquanto outros postos já estavam praticando R$ 3,19. Segundo seu depoimento, o posto consegue praticar preços menores devido ao grande volume de combustíveis comprado e a vender muito.

Foto circulando na internet
 
O representante do posto Z+Z, Marcelo Carvalho, também afirmou que não existe Cartel, mas que há uma corretora que compra milhões de litros de álcool e estoca, o que ele alegou ter questionado junto à distribuidora Shell, da qual o posto compra seu combustível. Carvalho diz não se lembrar do nome da corretora. Ele afirma que a composição de preço de venda do combustível é feita levando-se em consideração o ativo do investimento feito no posto e o custo operacional do mesmo, praticando uma margem de lucro na ordem de 2% a 3% em cima do apurado como custo e investimento. Desta forma, hoje, o Z+Z está comprando gasolina a R$ 2,74, acrescentando o valor do frete, e revendendo a R$ 3,14. Ele acrescentou que fica sabendo do aumento quando realiza a compra do combustível. Quanto ao Sindiposto, ele disse que a orientação que recebe do mesmo refere-se apenas a salários de funcionários e a questões ambientais. Da mesma forma que foi pedido ao posto Extra, também foi pedido ao posto Z+Z que apresentasse documentação referente a composição de custo, notas fiscais de compra e composição de preço de venda em um prazo de 15 dias.

Compondo a mesa da CEI, além do presidente da mesma, o relator, Alfredo Bambu (PR), os vereadores Deivison Costa (PTdoB), Richard Nixon (PRTB), Santana Gomes (PMDB), Luiz Teófilo (PMDB) e o assessor jurídico da Comissão, Marcelo Amaral. Presente na audiência, representando a Procuradoria Geral do Município, a Sra. Custódia da Silva. A próxima reunião da CEI ficou marcada para sexta-feira (29), às 15 hrs, na Sala de Reunião das Comissões da Câmara Municipal de Goiânia.

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