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sábado, 22 de janeiro de 2011

Política pública de cultura gera dúvidas

Para quem é difundida a cultura? Cultura inclusiva ou excludente?

Não há por aqui um centro cultural aos moldes do CCBB do Rio de Janeiro ou de São Paulo, com cinemas, salas de vídeo e teatros a preços populares, além exposições variadas gratuitas. E boas cafeterias! Cultura ao alcance de todos!

O Projeto Goiânia Canto de Ouro, da Secretaria Municipal de Cultura da PMG, é uma boa sacada. Bom de público, com vários artistas e estilos variados de música, o tempo passa rápido. Entretanto, cobrar a inteira a R$ 12,00 por pessoa não parece ser difundir a cultura. Um pai que quer dar uma educação melhor aos filhos, digamos dois filhos, terá dificuldades em pagar R$ 48,00 para que sua esposa esteja junto, por pouco mais de uma hora de espetáculo de boa qualidade. Isto significa cultura feita para quem já tem a oportunidade de buscar e receber cultura e não para aqueles que não têm esta chance.

Hoje é dia de boa música também no Palácio da Música, onde acontece o V Goyaz Festival (vide fotos). Músicos renomados e ingresso gratuito, mas é um local bastante longe para se ir de ônibus, com um sistema de transporte coletivo que deixa a desejar.

Classe média baixa ou classe C, sem falar na D e na E, vai no máximo a um parque público. Cinema, nem pensar. Porém, estas são as classes que precisam de melhor educação e cultura. E se cultura é educação, isto nos leva a crer que a educação de qualidade é privilégio de poucos, apesar de estar ao alcance do município minorar esta triste realidade que se mostra excludente.

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