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sexta-feira, 20 de maio de 2011

CEI RECLAMA DA DIVERGÊNCIA DE DECLARAÇÕES DE DEPOENTES

A reunião de hoje (21) da CEI terminou com o anúncio do seu presidente, vereador Djalma Araújo (PT), de que fará acareações, intimações judiciais e acionará a Polícia Federal.
A Comissão Especial de Inquérito que investiga a alta de preços nos combustíveis, bem como adulteração e fraude nas bombas, reuniu-se hoje novamente, na Câmara Municipal de Goiânia. Desta vez, para ouvir o depoimento do presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool de Goiás Sifaeg –, André Rocha, com a finalidade de confrontar suas declarações com as de empresários do setor de combustível, que afirmaram serem as usinas de álcool as responsáveis pelos constantes reajustes nos preços do etanol e do álcool anidro.
Vereador Djalma Araújo
Foto: site CMG
 Em depoimento de mais de duas horas, Rocha deu explicações sobre a composição de preços e margens de lucros das usinas, levando em consideração questões como clima, entressafra e demanda de combustíveis. Ele explicou à Mesa que eram 34 usinas em Goiás em 2010 e que agora são 33. Filiadas ao sindicato, são 38 unidades, mas algumas estão ainda em fase de implantação. Afirmou que, como o custo operacional não é fixo, o preço final varia de usina para usina e isso não só em Goiás, mas em todo o Brasil. Tecnicamente, falou de tantos valores nessa composição de custos, margens de lucro e preços finais que seria impossível reproduzi-los aqui.

Segundo André Rocha, a implantação de uma unidade sucroalcooleira, mesmo com financiamento do BNDES, cujos juros são mais baixos, o retorno do capital acontece de sete a 10 anos. Este custo de financiamento está também embutido no custo geral de uma unidade de produção e ele não é o mesmo para outras unidades que já tenham tido retorno de capital.

Ver. Anselmo Pereira
Foto: Alberto Maia

Ver. Elias Vaz
Foto: Marcos Araújo
Outro fator mencionado por ele é que esse custo, adicionando-se a margem de lucro, ainda não é suficiente para determinar o valor final do álcool da usina para as distribuidoras, já que estas compram também de acordo com a demanda de postos. Com esse discurso, ele praticamente negou a existência de alinhamento de preços. Parece que a tecnicidade de suas explicações impediram-no de ser mais claro em suas respostas e a Mesa não ficou lá muito satisfeita.
Ver. Santana Gomes
Foto: Arquivo
Finalizando, o presidente da CEI, Djalma Araújo concluiu que mais uma vez não se ouviu o esperado de um depoente. O vereador Elias Vaz (PSOL) afirmou que cada setor depoente se defende culpando outros setores, o que foi embasado por Araújo. Desta forma, o presidente da CEI pretende agora fazer acareações entre os depoentes, para tentar descobrir o que acontece em Goiânia com relação aos preços dos combustíveis. Ele reclamou também que o Procon Estadual recusou-se a entregar documentos frutos de investigação feita pelo órgão alegando sigilo. Djalma Araújo pretende agora, fora as acareações, intimar por via judicial os que foram convidados e não compareceram e acionar também a Polícia Federal, já que ele entende tratar-se de crime contra a economia popular.
Além do presidente da CEI e do vereador do PSOL, estiveram presentes à reunião os vereadores Anselmo Pereira (PSDB), Alfredo Bambu (PR) e os peemedebistas Luiz Teófilo e Santana Gomes. A mesa foi assessorada juridicamente por Marcelo Amaral.

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